Uso do antibiótico sulfato de estreptomicina no controle da contaminação in vitro de segmentos nodais de Eugenia involucrata

Autores

  • Charlene Moro Stefanel Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Departamento de Fitotecnia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3173-8150
  • Lia Rejane Silveira Reiniger Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Departamento de Fitotecnia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Caetano Miguel Lemos Serrote Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Departamento de Fitotecnia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0275-2201
  • Ana Cristina da Fonseca Ziegler Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Departamento de Fitotecnia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9364-7062

DOI:

https://doi.org/10.18004/investig.agrar.2021.junio.2301683

Palavras-chave:

cultura de tecidos, micropropagação, bactérias endógenas

Resumo

A descontaminação dos explantes é requisito para a eficiência da micropropagação. O trabalho teve como objetivo avaliar o modo de utilização do antibiótico sulfato de estreptomicina (SE) no controle de bactérias endógenas em segmentos nodais micropropagados de Eugenia involucrata. Os tratamentos foram: T1 (explantes sem contaminação prévia); T2 (explantes com contaminação prévia); T3 (explantes sem contaminação e imersos em solução de SE a 100 mg L-1 durante 5 min); T4 (explantes com contaminação e imersos em solução de SE a 100 mg L-1 durante 5 min); T5 (explantes sem contaminação e inoculados em meio contendo 100 mg L-1 de SE); e T6 (explantes com contaminação e inoculados em meio contendo 100 mg L-1 de SE). Decorridos 30 dias de cultivo in vitro não houve efeito significativo sobre as variáveis sobrevivência (média de 94,44%) e contaminação fúngica (média 6,94%). As maiores contaminações bacterianas foram observadas em T3 e T4 (100%), já em T5 (16,67%) observou-se a menor média.  Ocorreu maior número de folhas em T5 (3,83), que diferiu estatisticamente de T2 e T4, os quais apresentaram a menor média. A imersão não controla a proliferação de bactérias. A inoculação na ausência de contaminação prévia controla a proliferação, mas não reduz as bactérias quando há contaminação. O desenvolvimento das folhas é prejudicado pela presença de bactérias.  

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Publicado

2021-08-30

Como Citar

Stefanel, C. M., Reiniger, L. R. S., Serrote, C. M. L., & Ziegler, A. C. da F. (2021). Uso do antibiótico sulfato de estreptomicina no controle da contaminação in vitro de segmentos nodais de Eugenia involucrata. Investigación Agraria, 23(1), 01–07. https://doi.org/10.18004/investig.agrar.2021.junio.2301683
CITATION
DOI: 10.18004/investig.agrar.2021.junio.2301683
Publicado: 2021-08-30

Edição

Seção

ARTÍGOS CIENTÍFICOS